Milhares de pessoas já usam a meditação para lidar com problemas como estresse, dor crônica e hipertensão arterial, dentre outros. A novidade agora é que neurocientistas e pesquisadores estão querendo comprovar na prática o verdadeiro efeito das técnicas de meditação no funcionamento cerebral. As pesquisas têm recaído sobre o conceito de neuroplasticidade, a ideia de que aquilo no que concentramos nossa atenção tem o poder de remodelar o cérebro e seu funcionamento de formas extremamente importantes.
Os resultados apontam que os efeitos da prática regular de meditação protegem as células cerebrais dos danos associados ao processo de envelhecimento, assim como os resultantes de doenças autoimunes e de outras condições inflamatórias. Uma pesquisa conduzida pela Faculdade de Medicina de Harvard revelou mudanças significativamente benéficas nos genes das pessoas que praticavam regularmente a meditação ou relaxamentos autoinduzidos.
Estudos da Universidade de Emory apontaram, em 2007, que aqueles que meditam com regularidade parecem evitar alguns processos característicos do processo natural de envelhecimento, como por exemplo o declínio de zonas cerebrais relacionadas ao controle motor e aprendizagem. A repetição disciplinada e regular da meditação levam a alterações cerebrais que puderam ser constatadas em exames de imagens.
Além disso, pesquisas revelam que a prática de meditação pode funcionar como uma “musculação cerebral”, tornando mais forte e espessa o cíngulo anterior, zona cerebral relacionada aos mecanismos da dor. No processo de envelhecimento esta região se torna mais fina e frágil, como a pele dos idosos que perde a elasticidade e a vida; mas de acordo com as pesquisas em andamento, a meditação preserva e até mesmo regenera a densidade de neurônios em diversas zonas cerebrais, o que sugere que os adeptos das práticas meditativas conseguem, dia após dia, manter seus cérebros jovens e saudáveis.
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