A gente aprende, em algum ponto da vida, que existem coisas que nos fazem ser amados e coisas que fazem com que as pessoas nos reprovem. E como o maior medo de qualquer ser humano é não ser amado, a gente se segmenta, perde a espontaneidade e passa a viver a vida atrás de uma máscara que visa apenas distrair as outras pessoas daquilo que achamos que é o nosso pior.
Nossa estratégia »» esfregar nossas qualidades na cara dos outros, esconder fragilidades e deficiências. Até algo acontecer e a gente perceber que não é de verdade: que a gente não é de verdade. Até alguma coisa nos atropelar e a gente notar que não importa o quanto a gente tente, nada NUNCA vai preencher o espaço que só existe dentro da gente porque a gente foi expulsando partes nossas de dentro do nosso coração.
Até a gente finalmente perceber que a ÚNICA COISA que temos a fazer ATÉ O FIM DOS NOSSOS DIAS é reencontrar TUDO AQUILO que fomos rejeitando, abrir espaço e acolher e aceitar TUDO de volta.
Daí a gente volta a ser criança: volta a ser espontâneo, a não ter medo do ridículo, a rir de si mesmo até doer o estômago. Daí a gente nunca mais aceita estar com pessoas ou em situações em que tenhamos que ser algo além de quem somos.
Daí a gente só se apaixona por alguém que nos faça gostar MAIS E MAIS de ser QUEM JÁ SOMOS. E a gente entende que o medo é só a ausência de amor, assim como a sombra é mera ausência de luz.
O caminho começa a ficar claro: apenas esteja aqui, no presente – e agora, exatamente neste momento. E então fique. Apenas fique. Feche os olhos para fora e abra-os para dentro.