Reatividade e controle são os dois comportamentos padrões para os quais nos voltamos inconscientemente e compulsivamente quando somos tomados pelo que chamamos de “estado de consciência infantil”.
A criança é naturalmente reativa porque não tem espaço interno para conter medo ou dor. A criança não tem espaço para adiar a recompensa ou tolerar a frustração.
E quando nós somos tomados por este estado de Consciência, nós vamos do gatilho à resposta – a famosa reatividade – em tempo recorde.
E entre o gatilho e a resposta existe um universo inteiro de sentimentos e feridas não explorados que poderiam vir à tona se nos perguntássemos, de vez em quando:
“Hum, estou super ativada e reativa, o que será que está se passando dentro de mim?”
Porque sempre existe um gatilho que desencadeia nossa reatividade, e a gente pode estabelecer 7 categorias diferentes de gatilhos:
1 – Gatilhos que despertam AMEAÇAS, como um ataque, uma crítica ou um julgamento;
2 – Gatilhos que despertam a REJEIÇÃO, como quando nos sentimos indesejados ou desconsiderados;
3 – Gatilhos que despertam nossa necessidade de PERFORMAR, como quando as pessoas criam expectativas sobre nós;
4 – Gatilhos que desafiam nossa AUTOIMAGEM, como quando enxergamos nos outros coisas que não somos capazes de enxergar em nós mesmos;
5 – Gatilhos que colocam em cheque nossa AUTOESTIMA, quando nos comparamos com o outro;
6 – Gatilhos que ativam nossos VAZIOS, como quando temos medo de perder algo ou alguém;
7 – Gatilhos que colocam em cheque nosso senso de PERTENCIMENTO, como quando nos sentimos inconvenientes ou desconfortáveis.
O gatilho é um termo que se refere, na Psicologia, a um estímulo emocional que afeta o funcionamento cerebral através da ativação de lembranças de traumas ou de situações marcantes na vida de uma pessoa.
As respostas aos gatilhos emocionais são impulsivas, impensadas e reativas, envolvendo emoções, pensamentos e comportamentos que não ocorreriam em uma situação sem o gatilho presente.
Todo o processo da Libertação Emocional tem a ver com isso: sair da cabeça, aumentar o delta de tempo entre gatilho e resposta e, nesse meio do caminho, entrar mais em contato com as nossas emoções para que elas nos apontem as feridas de nossa criança interior que está sendo desconsiderada e desprezada.
E por aí: como anda o seu delta de tempo entre os gatilhos recebidos e as respostas emocionais?